Números mostram que DF chama atenção de empresários de outros estados
Os números de consulta de viabilidade, aquela que empreendedor precisa para saber se o negócio que ele quer abrir pode ou não funcionar em determinado ponto da cidade, aumentaram cerca de 35% entre dezembro e janeiro. Os dados são do RLE@DIGITAL, sistema pelo qual o empreendedor pode fazer, além da consulta, a abertura e a regularização de sua empresa pela internet, sem sair de casa, dependendo do tipo de atividade econômica.
Técnicos da SEDICT identificaram nas consultas de viabilidade um grande interesse de empresas de outros estados em se instalar no Distrito Federal, principalmente as que têm sede em São Paulo. Segundo Márcio Faria Júnior, subsecretário de Relação com o Setor Produtivo, o motivo desse interesse “externo” é que o Distrito Federal oferece um ótimo ambiente de negócios. Ele aponta fatores como a segurança jurídica para alimentar esse bom ambiente. “Atualmente quando uma licença de funcionamento é emitida, ela é definitiva. Isso dá segurança ao empresário”.
De acordo com os números da RLE, entre as empresas de outros estados estão as que são chamadas de “atacarejo”, que vendem tanto para o comércio quanto para o consumidor comum, e que tem atraído este segundo grupo justamente por vender com preços mais em conta. Segundo o subsecretário Márcio, esse bom ambiente de negócios também é alimentado pela confiança do Estado no empreendedor. “Se o empreendedor diz que vai abrir uma loja de móveis, o Estado acredita nele e libera o alvará de funcionamento. Agora, se ele, ao longo do tempo, começar a vender açaí e for pego pela fiscalização, terá que responder criminalmente por ter mentido”, alerta.
Janeiro também apresentou movimento maior no Simplifica PJ em relação a dezembro, de acordo com levantamento da SEDICT. O número foi considerado alto para o que se poderia esperar de um mês de férias. Márcio Faria explica que dois fatores contribuíram para o movimento atípico do mês: os prazos finais dados pela Receita Federal para quitação de dívidas com a União.
O primeiro prazo foi para que os Microempresários Individuais (MEI’s) quitassem seus débitos com a fazenda e não tivessem desta forma o CNPJ cancelado. O segundo prazo foi dado aos optantes do Simples Nacional para que parcelassem em até 12 meses o que estavam devendo. Isso fez com que muita gente fosse ao Simplifica PJ, em Taguatinga, não apenas para regularizar a situação da empresa, mas também para obter orientação dos técnicos do Sebrae e do Conselho Regional de Contabilidade, que mantém postos de atendimento no local.
O Simplifica PJ fica na QI 19, no Setor de Indústrias de Taguatinga. O atendimento é de 8h30 a 17h30.